Na tradição cristã da religião, a vida solidária recebe o nome de fraternidade, ideia fundada pelos cristãos primitivos, sob a perspectiva de uma sociedade de irmãos, filhos do mesmo Deus, visto como Pai, conforme lhes ensinara Jesus. A sociedade de irmãos funda a igualdade na relação entre os seres desiguais, na medida em que os vincula a um propósito comum, assegurado pela crença no Deus único. É no âmbito da sociologia que a expressão recebe o nome de solidariedade, para caracterizar os modelos descritivos e normativos de sociedades comunitárias, dentro das quais os bens são repartidos para o usufruto comum e as acções são colectivamente praticadas, em regime de cooperação mútua. O que é certo, é que esta relação "dar sem querer receber" não é assim tão linear. Analisando o conceito em absoluto, na Natureza nada se dá em troca de nada e, portanto, essa atitude não fará parte da nossa natureza. De facto o nobre acto solidário carece sempre de uma gratificação egoísta. Mas atenção!! Não estou de modo algum a insinuar que todos agimos sempre em proveito próprio. Senão estaria a ir contra os meu princípios. Quando somos solidários com alguém esperamos sempre, consciente ou inconscientemente, uma gratificação egoísta. Mas esta pode ser de várias ordens: não só material (dinheiro, imóveis, etc), mas também moral (Por exemplo: porque nos sentimos bem com isso). Um outro exemplo é o de alguém que segue os ensinamentos da sua religião. Essa ajuda o próximo porque pode sentir-se bem com isso e porque contribui para poder ter uma melhor "vida" após a sua morte.
Apesar deste nosso egoísmo inato, eu acredito na solidariedade e acho que todos nós devemos de fazer um esforço para a praticar. Quer sejamos crentes nalguma religião ou não.