quarta-feira, 20 de maio de 2009

O Poder

Hoje gostaria de reflectir um pouco sobre o Poder. Fazendo uma breve incursão à "autoestrada da informação", rapidamente encontrei a a definição deste conceito que diz o seguinte:

Poder
(do latim potere) é, literalmente, o direito de deliberar, agir e mandar e também, dependendo do contexto, a faculdade de exercer a autoridade, a soberania, ou o império de dada circunstância ou a posse do domínio, da influência ou da força.

Mas não é nem de etimologia, nem de definições que este post pretende tratar. O que eu acho simplesmente fascinante é o efeito que o Poder tem nas pessoas. Este tem a tremenda capacidade de corromper o seu "utilizador" e não me refiro apenas às situações em que a pessoa detém efectivamente o poder, ou porque tem uma posição de chefia, ou porque se trata do seu superior hierárquico, etc. O pior é que na grande maioria das vezes trata-se de um poder relativo, ilusório. Muitos são os exemplos que posso descrever aqui para demonstar a afirmação anterior. Por exemplo (mais uma vez recorro ao exemplo das artes marciais), quando o professor responsável pela classe não vem, ou chega mais tarde, o início da aula e os exercícios de aquecimento ficam a cargo do aluno mais velho ali presente. Ora tenho assistido a transmutações notáveis. O "peso" desta responsabilidade é tal que, subitamente, o aluno mais velho adquire uma posição autoritária, quase sempre "coberta" de arrogância e, como detém o poder, já não necessita de dar o exemplo, bastando ordenar. Quem diz nas artes marciais, diz nos empregos do nosso quotidiano. Tenho que reconhecer que as barreiras que nos separam do abuso (de poder) são muito difusas, quase imperceptíveis. Adquiri esta percepção aquando dos meus tempos de estudante universitário ao exercer a Praxe (que será motivo de um post lá mais para diante). A facilidade com que se passa da Praxe para o abuso é estonteante.
Como ser imperfeito que sou, não sou ninguém para julgar as atitudes de quem quer que seja. em tão pouco quero parecer moralista. Mas o que é certo é que nos encontramos rodeados de casos em que pessoas, munidas desta ilusão de poder, discriminam, abusam, maltratam os seus semelhantes. É algo que vale a pena reflectir e averiguar se por vezes não o fazemos...

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