sexta-feira, 8 de maio de 2009

Os Alicerces


O ser humano é sombra de dúvida um ser complexo, mas ao mesmo tempo extremamente curioso. Vimos ao mundo cheios de vontade de conquistar, queremos avidamente ir mais além em variados âmbitos da nossa vida quotidiana. No meio académico sonhamos com o dia em que passaremos para o ano seguinte até que, finalmente, acabamos o curso. Nos nossos "hobbies", queremos sempre ir mais além. Eu pelo menos falo da minha experiência de já de alguns anos nas arte marciais onde, como é de conhecimento público, a evolução do praticante é sinalizada por graus (kyu e dan)que são traduzidos pelos famosos cinturões. No seio da maçonaria, o mesmo se verifica. Os obreiros da loja esforçam e trabalham no sentido de elevarem-se a graus superiores.
Esta vontade de ir mais além, de subir de grau é sem sombra de dúvida importante, pois se não existisse não haveria evolução nem progresso. No entanto, acabamos por ser toldados com o nosso próprio orgulho. Como já atingimos um certo grau, deixamos de quer preocuparmo-nos com as nossas aprendizagens anteriores. É muito comum num treino de karaté, aikido outra arte marcial, ouvirmos um praticante dizer: "Eu estou farto de fazer isso. Isso é um exercício/técnica para quem ainda está a aprender..."
Esquecemo-nos portanto das bases. Uma árvore para crescer bastante e ser forte, necessita de criar raízes e caule robustos. Assim como uma árvore cresce a partir da raiz, ou como qualquer núcleo atómico resulta do agrupar de vários núcleos de hidrogénio (elemento químico mais pequeno do universo), assim são as nossas aprendizagens. O que está mais além não passa de um prolongamento da base. Se não possuirmos boas base, nunca possuiremos verdadeiramente o conhecimento que se segue.

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